Tornamo-nos
mais altos, mais à frente do que ela
Antecipamo-nos
ao seu negro gadanho,
Queremos
vencê-la mesmo vencidos
Surpreendemo-la
de antanho
Ela ri-se,
penteia-nos desprevenidos.
Assim seja,
mas o que desponta em flor
Ninguém, nem
ela consegue colher…
Morte alguma
consegue depois da dor
A semente da
memória arborescer.
Foto tirada do seu blogue ( trabalhada)
Guichard,
tinhas um feitiosinho pior que Gambito de Rei
Mas a tua
gargalhada franca, aberta de 64 casas
Promovia na
última fila de nós empate de simpatia
Não era
preciso, não era necessário o abandono
Antes do
xeque-mate,
Podias ter
tentado um final e um perpétuo, ou
Rei contra
Rei, mas pronto…quem mandava no teu tabuleiro-vida?
Assim
Guichard, mais um para o tal torneio
Que queria
fechado, restrito a muito poucos
Mas que a
negra ceifeira quer tornar num “open”
Sem convidados
ou grandes-mestres.
Nunca fomos
amigos, xadrez rápido, por vezes relâmpago
De olá,
estás bom e segue…
Mas morreste-me
e cada colega de xadrez que parte
Obriga-me a
nova partida cá dentro.
Caro amigo
Guichard, não posso já rodar o mecanismo do tempo
E atrasar a
tua partida , mas…
Prefiro perder
por tempo e não acionar o botão do meu lado,
Assim ficarás
mais tempo em mim, que dizes?
Do Arlindo,
tão cabeçudo e terno escondido como Tu. Já agora sei que eras Professor-Doutor, mas sabes que entre a malta do xadrez, isso não conta muito: eras e serás sempre o Guichard, assim uma espécie de D'Artagnan do Tabuleiro.