XADREZ MEMÓRIA

Xadrez de memórias, histórias e (es)tórias, de canteiro, de sussurro, de muito poucos...

23/01/13

SISNIEGA, Marcel ...







Foi no dia 19 deste mês, de enfarte súbito, morreu relativamente jovem aos 53 anos. Era um GM de xadrez talentoso, mas retirado do xadrez de alta competição que nos meados dos anos 90 abandonou por não se rever nos meandros quase mafiosos, oportunistas e elitistas para os quais o xadrez de topo se encaminhava muito por culpa de uma FIDE desde o fim do mandato de Olafsson , (des) governada por gente de estatura ética e xadrezista  de duvidoso valor, mas também por jogadores de topo mais interessados nos seus proveitos e fama do que no xadrez em geral. Disse, abandono do xadrez de alto nível que não do xadrez, porque continuou até pouco tempo antes de morrer ligado à sua terra natal (Cuernavaca Morelos) e ao desenvolvimento e ensino do xadrez no México.


Jovem, bem parecido, de forte personalidade, elevado sentido ético, e sobretudo de um nível cultural elevado num meio onde apesar de títulos e normas, a burrice ensimesmada, a incultura gritante, os atavismos psicanalíticos mais entranhados e doentios proliferavam e proliferam, não admira que Marcel Sisniega Campbell mostrasse outros poderosos talentos que não só os do xadrez, nomeadamente no cinema e na escrita. Tornou-se um novelista de mérito reconhecido e sobretudo um, cineasta de renome no contexto do cinema mexicano em particular e da América do Sul em geral.



Morreu pois um GM ( título adquirido em 1992- ainda os títulos não se obtinham de aviário) que muito deu ao xadrez mexicano e que se agora prova era altamente reconhecido em determinadas zonas do xadrez que não as comuns de blogues, ou da Juvenália do xadrez atual de velocidade arrepiante de novidade teórica, mas também de esquecimento sónico do passado do xadrez, das pessoas de que é nutrido o xadrez.

Pela própria personalidade/nível pessoal de Sisniega, por influência de um livro de Gabriel Velasco, e pelas referências do MI Raul Ocampo, vai para muitos anos que me interessei por este jogador e GM mexicano. Segui alguns dos seus inúmeros e belos artigos  de xadrez no jornal mexicano “El Universal” e que podem ler e descarregar em :


repassei no tabuleiro belas e variadíssimas partidas de Marcel, segui aqui ou ali a sua carreira cinematográfica, embora nunca tenha visto um filme completo da sua lavra, descobri um grande livro de xadrez da sua autoria.


Assim, morreu Marcel Sisniega, e o xadrez Americano ficou mais pobre. Um xadrez onde a tragicidade tem atacado em demasia pela ceifa de jogadores talentosos e, estou-me a lembrar do  GM argentino Gerardo BARBERO desaparecido em 2001 apenas com 39 anos de idade, ou desse grande jogador cubano que foi Guilermo GARCIA que desapareceu deste mundo num estúpido acidente rodoviário em 1990  aos 47 anos.



Que escrever sobre Sisniega GM de xadrez que não fosse já escrito? Como fazer para não repercutir o mesmo que vai enxameando os blogues com as mesmas notícias ? Talvez deixando Sisniega falar de Xadrez e Marcel era um excelente professor de xadrez, para além de grande jogador. De escrita simples, fluente, essencial, com raras capacidades de comunicar xadrez, conseguia no que escrevia quer no Jornal, quer no livro que nos legou, traduzir a paixão, o entusiasmo, a competitividade ligada às emoções sentidas durante uma partida.



Deixemos pois falar Sisniega, mas antes quero aqui colocar uma foto, rara, embora fraca qualidade. Esta foto não deve trazer grandes recordações ao Kevin Spraggett , apesar de a sua recordação do seu enquadramento ser das mais aprazíveis da sua carreira, já que para além do título de GM, conquistou um lugar nos Candidatos neste Torneio. E a partida não lhe deve trazer gratas recordações, pois foi a única que o Kevin perdeu em TAXCO no ano de 1985 num torneio brilhante, onde só foi superado por Timann, Nogueiras e Tal! Que Xadrez magnífico jogava Kevin Spraggett nesta altura!



Nesta foto a cara de Spraggett diz tudo. Estávamos no lance 41 e o seu adversário o cubano Jesus Nogueiras ( As partidas entre Spraggett e Nogueiras foram quase sempre de grande luta no tabuleiro e saudável rivalidade- basta vê-las numa base de dados!) tinha acabado de realizar um 40...Ba3 a que Kevin respondeu com 41.g4 e a partida salvo erro foi adiada. O par de Bispos de Nogueiras irá impor-se sem dificuldades dez lances depois. O árbito sela o envelope, Tal parece interessado em algo que não na posição do adiamento, Kevin cofia o bigode (?), quase certo do inevitável, e alguém de mãos nos bolsos observa interessado mas também percebendo o futuro do final das Brancas- nem mais… SISNIEGA .



E Sisniega sobre Taxco 85 escreveu um livro magnífico sobre a sua própria participação ronda a ronda em perpassa toda a sua humanidade, as suas alegrias, as suas deceções, as suas dúvidas, as suas análises, erros, derrotas e vitórias, em suma um livro de torneio em gente, em carne-viva como raramente se vê num livro de torneio, ou num livro de um GM que sabe amar o xadrez. 

Talvez o seu livro fosse terapêutico, pelo falhanço neste torneio de Sisniega, ele que tinha no mesmo grandes esperanças e expetativas senão no apuramento, pelo menos no título de GM ( era simplesmente na altura MI) ,sendo para mais um Interzonal na sua Pátria, talvez, ou talvez haja nele algo de justificativo num ato de enorme humanidade. Excelentes comentários verbais, certeira escrita de estados de espírito durante a partida, variantes que chegam sem nos sufocar "de poderia ter sido", ou "em vez disto e daquilo, outra coisa",  com dezenas de outras variantes que ramificam em outras dezenas de saubvariantes, mas sim no equilíbrio quase perfeito entre análise e texto, tudo junto numa linguagem xadrezista elegante, formalmente apelativa e de grande nível intelectual (tão diferentes de broncos e grunhos que escrevem para revistas especializadas!).  Sobretudo um livro de xadrez como poucos, que em muitos pontos que Marcel conhecia e bem a literatura do xadrez, e sobretudo o Tal de 61, ou o Bronstein de Zurique 53. 




Vejamos como Marcel Sisniega analisa a sua partida da sessão catorze com Spraggett, sem rede, isto é, sem informática. E sem Fritz, ou Houdini, ou afins (que fácil era mostrar isto ou aquilo para armar ao agora é que se joga e analisa!!) vou deixar falar o GM mexicano. E como fala Sisniega! Como se exprime Sisniega!  Ele que me perdoe lá no Reino de Caissa a minha tradução um pouco atamancada do seu texto.



Sisniega,Marcel (2470) - Spraggett,Kevin (2560) [B44]
Taxco Interzonal Taxco (14), 1985
[Marcel SISNIEGA]
Cada partida de xadrez tem uma vida própria, uma carateristica que nos envolve mas também ultrapassa. Quantas vezes ao penoso desgaste dos exércitos em terra, surge uma força desconhecida que nos coloca de sobreaviso negando-nos a manobra que iriamos fatalmente empreender? Explico: uma coisa é o impulso, outra o pressentimento. Aquele nasce à superfície, chama débil de uma mal assumida facilidade. O  pressentimento é diferente, nasce do medo e obedece a a uma iprofunda intuição. Sem sabermos explicar a sua génese, aparece rapidamente à mente do xadrezista concentrado na sua tarefa. Para nossa infelicidade, estes lampejos de lucidez passam de forma fugaz e voláteis como um deus grego e só apercebemos da sua parábola ao decantar as impressões da memória.Era a minha oportunidade de abrir fogo com as peças Brancas. as voltas do sorteio fizeram Kevin Spraggett tomar uma decisão fora do comum. Na ronda inaugural quase teve Timman nas cordas. Agora, com a classificação quase conseguida, resolveria a arisca Defesa Siciliana. Prepara-te para um grande duelo-disse Victor ( Frias). Logo acrescentou: O estado de espírito de Spraggett é precisamente o necessário. Vejo-o entrar no teu jogo.  

1.e4 c5 2.Cf3 e6 3.d4 cxd4 4.Cxd4 Cc6  

Esta ordem de lances permite às negras evitar4 o ataque Keres, em troca de se acreditar firmemente na formação "ouriço"  

5.Cb5 d6 6.c4 Cf6 7.C1c3 a6 8.Ca3 Ae7 9.Ae2 0–0 10.0–0 b6 11.Ae3  

No passado aceitava-se de bom grado que esta formação de Maroczy oferecia às Brancas um pressão duradoura. Hoje estas ideias modificaram-se e este esquema das negras mantêm uma igualdade teóirica com as ameaças de rupturas em b5 ou d5  

11...Ce5  

Alguns podem preferir 11...Bb7 12.Db3  Cd7. Em ambos os casos estaremos perante uma guerra de trincheiras. A estratérgia será moldada por manobras laboriosas e jogo de peças e ligeiras provocações. [11...Ab7 12.Db3 Cd7]  

12.Db3 Ced7 13.Tfd1 Ab7 14.f3 Te8 15.Tac1 Tc8  

Afastando-se de 15...Ta7 como jogou Alonso Zapata contra Eric Lobron em 1984, e de 15...Dc7 a preferida de Romanishin. Em principio achei que a jogada do canadiano debilitava o peão b6, embora tivesse de estar atento a um eventual e oportuno d5 da sua parte. Nesta posição vale mais o peão lateral ou o Rei?  

16.Ca4 d5 



17.e5 Acreditei ser necessário impedir qualquer ação à Torre negra cem e8. Quando bem realizada, a estratégia é o justo contrapeso da tática.  

17...Cxe5 

Infatigável mastigador de chiclete, Kevin Sporaggett entra serenamente nas complicações 

18.Cxb6  
[18.Axb6 Dd7 19.c5 deixava o meu Bispo fora de ação]  

18...Tb8 19.c5 Dc7 

 O reagrupamento das Negras obedece a vàrios motivos: desde a saída tática CC6-De5 , até ao contrajogo  no centro 20. Rh1 C5d7 21.Cd7 Cd7 22.Dc2 Tfc8  23.B4 e5. De momento decidi virare as baterias para o peãozito de a6. Discutivel? Como se verá, não o podia saber.  

20.Da4 Cc6 21.Axa6  

Toda a minha fé estava concentrada na captura deste peão. Sentia-me inteiro. Lúcido. Atraído pela força das peças. Inclusivamente sentia uma energia desconcertante. Como explicar? Avizinham-se complicações; tinha calculado com alguma precisão e  dei-me conta dos perigos que advinham da captura do peão de Torre, estar de estar plenamente convencido do correto da  minha decisão. Nenhum remorso, nenhuma dúvida constituias entrave à minha visão. Talvez pensasse que Fisher e Alekhine deveriam ter essa fé cega em  cada uma das suas partidas.Razões para a minha surpresa quando mais tarde na sala de análises descobrimos possibilidades excelentes:21. Rh1 De5 22.Bf4 Db2  23.Tc2  ou21.b4 De5  22.Cc2 d4? 23.Cc4 Isto levou-me a pensar que  uma energia levada ao extremo por vezes canaliza os acontecimentos. Por outras palavras, uima vontade forte, insistente, poderosa vai-se impondo durante a partida. Poderia em minha defesa, trazer a terreiro uma legião inteira de grandes jogadores  sucessivanente desfeiteados pelos Campeões do Mundo. [21.Rh1 De5 22.Af4 Dxb2 23.Tc2; 21.b4 De5 22.Cc2 d4 23.Cc4] 

21...Ta8 22.Cb5 De5 23.Af4 Txa6 


 [23...Dxb2 24.Cc7 Axc5+ 25.Txc5 Dxb6 26.Db5 Txa6 27.Cxa6 Com ganho de qualidade] 

24.Axe5 Txa4 25.Axf6  

Inesperadamente apercebi-me de: [25...Txa2 26.Axe7 (26.Cc7 Axf6 27.Cxe8 Axb2 com situação confusa. Talvez fosse satisfatória (27...Ad4+ 28.Rh1 Txb2) 28.Tb1 Ad4+ 29.Rh1) 26...Txb2  
 Apercebi-me no entanto que Spraggett retrocedeu a Torre]

25...Ta5   


26.Cc7  
Esta jugada intermédia estava nos meus cálculos 

26...Axc5+ 27.Txc5 Txc5 28.Cxe8 gxf6 29.Cxf6+ Rg7 30.Ce8+ Rg6 31.Td2  


Spragget estava muito apurado de tempo. Ao contrário do que tinha acontecido com Prandstétter, senti que o canadiano não me escaparia.  

31...Tc1+ 32.Rf2 d4 33.b4! e5 

 Em apuros de tempo, o meu adversário não quis averiguar se existia mate depois de 33. ....Cb4  34.Td4 e 35.Tg4+ 

34.Cd6! Cd8 35.Cd7?  


Um jogador de técnica não muito apurada sabe que deve manter os peões unidos. Ganhava: [35.a4 Tb1 (35...Rf6 36.a5 Re6 (36...Ta1 37.f4!) 37.Cxb7 Cxb7 38.a6) 36.b5 Ta1 37.Cdc4 Tb1 38.Tb2]  

35...f6 36.b5 

 [36.Cc5 Ad5 37.a4 Cc6 Com incerteza no resultado; 36.Cxb7 Cxb7 37.a4 Cd6 38.b5 Cc4 Inclusive as pretas estariam melhor]  

36...Ad5 37.a4? 

 a iluminação de quinze jogadas antes transforma-se agora em vulgar ansiedade. O que me impedia de situar a Torre atrás do Peão passado? 

37...Ta1 38.Tb2 

 Finalmente! Como era possível que Kevin Spraggett em situação evidente de inferioridade no tabuleiro, com a bandeira do relógio prestes a cair, mantivesse esse ar , essa postura imperturbável? Eu, gastava os meus últimos minutos em cálculos laboriosos e ao ver que ganhava uma peça , escolhi essa variante  

38...Txa4 39.b6 d3! 



 Depois da partida Spraggett sugeriu outra variante, mas inferior [39...Ae6 40.b7 Cxb7 41.Cf8+ e Cb7]  

40.b7 Cxb7 
 respirei de alívio.Uma peça é uma peça. Não tinha sentido esconder o meu próximo lance e assim  realizei-o à vista de Spraggett. Depois de guardar a folha de partida no envelope, fui-me encontrar com o eufórico Victor Frias  

41.Cxb7 Td4 42.Re1 
 Forçado  

42...e4 uma simplificação inquietante. 

43.Cf8+  
[43.fxe4 Txe4+ 44.Rd1 Te2! E o meu Cavalo de b7 só merece um tiro na cabeça.] 

43...Rg7 
 [43...Rf7? 44.Cd6+ Rxf8 45.Tb8+ seguido de 46.Cf5]  

44.Cd6 d2+ 45.Txd2 Txd2  




Bonito. Uma peça a mais e bem poderia tranquilamente propôr empate sem adiamento!Lavei a cara com água fria. Outro meio ponto desperdiçado por água abaixo.Que fazer? Tirariamos mais jugadas da gaveta. E se nos equivocamos? Esperança! Mas essa não tem lugar no tabuleiro.Empate





Que descanse em paz.

22/01/13

PEÇAS XADREZ PLÁSTICAS PORTUGUESAS 5









Estas peças são as mais recentes e plastificadas do xadrez nacional. Se não estou enganado, fruto de um acordo entre a AXP e a Majora no âmbito do projeto XEQUE MATE, e por lembrança minha a este organismo do xadrez portuense que talvez a referida empresa possuísse o molde para fabrico deste jogo que foi imagem da Majora nos idos anos 70-80 e mesmo 90. Assim assistiu-se ao renascimento de um jogo plástico com um tamanho de Rei generoso, de base larga e proporções razoáveis entre as diversas peças e umas peças-molde que foram a marca do desenvolvimento do xadrez britânico nos anos 80. Ainda hoje em qualquer torneio americano ou inglês de grande participação de jogadores estas peças são utilizadas, como em qualquer site internacional de venda de material de xadrez, elas aparecem a preços muito competitivos. Aliás, repetindo-me, não sabendo se a Majora tem, qualquer catálogo racionalizado e arquivado das peças que comercializou ( e se não tem, é pena, mas deveria ter!), não tenho dúvidas que o molde não é genuíno desta empresa , mas sim de origem britânica.


Mas… o que vim a descobrir, utilizando uma simples balança, é que as peças da Majora originais dos anos 70-80 / e tenho umas) eram pesadas, isto é, não eram chumbadas, mas a qualidade do plástico e o peso da base eram de tal forma que as peças tinham o tal equilíbrio necessário ao jogo de rápidas, tão contrário às peças atuais (as tais do projeto Xeque Mate) em que a qualidade não é a mesma e por isso , são mais leves, levando à irritação de vários jogadores que as  sentem voar do tabuleiro em apuros de tempo ou rápidas.
As da Majora de anos atrás eram pesadas e até tinham uma particularidade interessante ou ridícula, conforme o entendam: eram oferecidas em três “formatos” Brancas-Pretas ; Branco madrepérola-Negras e  Brancas transparentes (tipo vidro)-Negras ( Juro!) este talvez para decoração! Acreditem ou não, muita gente ainda tem estes jogos em casa, e não raro aparecem a preços da "uva mijona" em leilões Web. Também não será por acaso que nos sites internacionais de venda de peças de xadrez – americanos, ingleses ou alemães, estas peças, ou muito parecidas, apareçam em duas versões " chumabadas"  ( mais caras) e leves.

 
Claro que houve outras versões de peças plásticas usadas no xadrez português, mas de utilização mais restrita, usadas em circunstâncias particulares, por exemplo, as peças plásticas usadas num zonal do Algarve ( vide Revista Portuguesa de Xadrez) que depois tornei a ver num Campeonato Nacional Individual em Ílhavo e nunca mais – Aliás a única falta na minha coleção, pois nunca consegui arranjar este jogo que é de molde espanhol ( aliás tenho uma versão pequena, mas de má qualidade) e com um  dos Cavalos mais bonitos que vi em peças plásticas, todavia nunca foram peças de “massificação” como as que tentei retratar noutros artigos.  








 Agora uma curiosidade da fábrica portuguesa Karto, ou Carto.













Pronto, acabei o "plástico" e é natural que me volte para a "madeira" e aqui o panorama é qualquer coisa de confrangedor. Todos sabemos o que significou Regency, Lardy ou Chavet em França, British Chess Company, Ayres ou Jaques em Inglaterra,  Biedermeier ou  Vienna Coffeehouse no centro da Europa, ou peças Checas,  as Dubrovnik , ou as Deutsche Bundesform ou Bohemia na Alemanha, ou mesmo o Staunton espanhol tão caraterístico da Indajesa, mas em Portugal" Zero", ou quase zero, excetuando um período em que parecia que iriamos ter um jogo de madeira nacional e que não foi mais que um arremedo. A Fábrica Victória foi um Oásis na material muito bom de xadrez português, o resto, cópias, cópias e cópias, mas muitas vezes do menos interessante para copiar,  e aqui, Majora e Karto lá foram tomando conta do recado, mas  Isso são contas de outro rosário.